Os preços ao produtor no Brasil voltaram a cair em novembro depois de três meses de alta, sob influência principalmente das indústrias extrativas, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.

Em novembro, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) teve queda de 0,43%, depois de ter avançado 1,07% em outubro, com 13 das 24 atividades industriais apresentando queda.

O resultado levou o índice acumulado em 12 meses a uma deflação de 6,09% até novembro.

“O comportamento do segundo semestre tem sido distinto com relação aos primeiros meses do ano, quando o predomínio do viés deflacionário foi mais claro. Mesmo assim, a média praticada em novembro na porta da fábrica permanece mais baixa do que o patamar de 2022“, disse Felipe Câmara, analista do IPP.

As maiores variações em novembro foram registradas por indústrias extrativas (-7,09%), outros equipamentos de transporte (-2,11%), madeira (-1,77%) e fumo (-1,73%).

As indústrias extrativas também foram o setor industrial de maior destaque na composição do resultado agregado, sendo responsáveis por -0,37 ponto percentual de influência no resultado geral.

“Dois movimentos foram importantes em pautar o resultado do mês: a apreciação cambial corrente ... e a queda do preço do barril de petróleo no mercado internacional. Como vem acontecendo nos últimos meses, o perfil difuso da dinâmica inflacionária tem prevalecido na indústria, sem sinais claros de repasse consolidado ao longo da maior parte das cadeias produtivas”, completou Câmara.

O IPP mede a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica”, isto é, sem impostos e frete, de 24 atividades das indústrias extrativas e da transformação.

Redação/foto: BR Investing

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