Força-tarefa do Programa QualiVida da ALMT, TJMT e Hospital Santa Casa possibilitou exames preventivos em 289 mulheres privadas de liberdade.

Num esforço concentrado entre a Assembleia Legislativa de Mato Grosso – ALMT, Tribunal de Justiça – TJMT e Hospital Estadual Santa Casa, reeducandas da Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, em Cuiabá, têm a oportunidade de fazer consultas, exames ginecológicos e preventivos de câncer de mama.

A iniciativa do deputado estadual Eduardo Botelho, presidente da ALMT conta com apoio do desembargador do TJMT, Orlando Perri, supervisor do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Penitenciário e Socioeducativo de Mato Grosso (GMF/MT) e Patrícia Neves, diretora-geral da Santa Casa. Botelho e Perri avaliaram que a saúde da mulher presa é uma prioridade. Além disso, durante a visita, pontuaram a importância de implementar outras ações de saúde que possam reduzir mortes por causas preveníveis e evitáveis, no sistema prisional.

A comitiva, composta pelo juiz Geraldo Fidelis e do secretário adjunto de Administração Penitenciária, Jean Carlos Gonçalves, esteve, na terça-feira (8), na penitenciária feminina para acompanhar os atendimentos em 289 reeducandas. Botelho explicou que a ideia é atender uma demanda reprimida, dando assistência necessária à prevenção de doenças.

“O presídio feminino é considerado um dos piores quadros do Estado. Então, fizemos uma parceria com a Santa Casa para levar atendimento às reeducandas. É uma ação social para diminuir o sofrimento dessas mulheres. Assembleia está fazendo o papel dela, de estar mais próxima da população, criando alternativas para garantir ações de atenção à saúde da mulher dentro da unidade prisional”, destaca Botelho, ao alertar sobre o alto índice de mulheres contaminadas por Hanseníase. Das 289 reeducandas, 96 estão em tratamento contra Hanseníase.

Ação também defendida pelo desembargador Orlando Perri. “Os presídios femininos, com sabemos, são os piores que existem no Brasil. Então, é muito importante a presença do Estado aqui para atendimento dessas meninas que estão cumprindo suas penas, mas que merecem ser tratadas com a dignidade. O Estado tem a obrigação de preservar a saúde das pessoas que estão sob sua custódia”, frisa Perri.

Os exames preventivos de colo do útero e câncer de mama estão sendo realizados por meio da Unidade Móvel de Saúde da Mulher do Hospital Estadual Santa Casa em parceria com profissionais do programa QualiVida da ALMT. Para as mulheres privadas de liberdade, foram doados medicamentos e 150 kits de higiene (absorventes, pomadas ginecológicas, antibióticos, bomba e clenil para asma, entre outros medicamentos).

Apoio que veio em boa hora, conforme a diretora da Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto Mey, Jaqueline Aparecida Santi. Especialmente, por garantir o atendimento 100% com exames preventivos do colo do útero, além de mamografia e ultrassom transvaginal. “É uma ação muito esperada dentro do sistema prisional. Tentamos superar os desafios diários para diminuir os impactos que essa prisão representa na vida dessas mulheres. Então, é importante contar com várias ações como essa, trazendo à reintegração delas na sociedade”, explicou a diretora.

Assessoria

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