Os contratos futuros do açúcar fecharam ontem (10) em alta nas bolsas internacionais, impulsionados, principalmente, pelas notícias e preocupações com o escoamento da safra brasileira, devido a problemas logísticos nos portos no segundo e terceiro trimestres de 2023, e a expectativa de um El Niño mais firme no final da temporada. O mercado ainda continua apreensivo com os baixos números da produção na Ásia.

Diante deste cenário, as cotações do açúcar bruto fecharam em alta em todos os lotes da ICE Futures de Nova York. O vencimento julho/23 foi contratado ontem a 26,66 centavos de dólar por libra-peso, valorização de 47 pontos, ou 1,8%, no comparativo com os preços do dia anterior. Já a tela outubro/23 subiu 46 pontos, contratada a 26,30 cts/lb. Os demais lotes valorizaram entre 33 e 45 pontos.

"Os operadores disseram que o mercado estava se consolidando após seu recente aumento, mas os fundamentos permaneceram favoráveis após as safras menores do que o esperado na Ásia e as preocupações com o congestionamento dos portos no Brasil", destacaram analistas ouvidos pela Reuters.

"Com os fluxos de exportação da nova safra do Brasil sendo potencialmente limitados por restrições logísticas no segundo e terceiro trimestres devido à perspectiva de embarques recordes de grãos e uma possível ameaça de El Nino no final do ano, a perspectiva fundamental permanece favorável", informou um comunicado do Rabobank assinado nesta quarta.

Londres

Em Londres a quarta-feira também foi de alta nas cotações do açúcar branco negociadas na ICE Futures Europe. O vencimento agosto/23 foi contratado a US$ 718,20 a tonelada, valorização de 9,10 dólares, ou 1,3%, no comparativo com a véspera. Já a tela outubro/23 subiu 8,50 dólares, negociada a US$ 708,80 a tonelada. Os demais lotes valorizaram entre 7,80 e 9,30 dólares.

Mercado doméstico

No mercado interno a quarta-feira foi de recuo nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas a R$ 148,77 contra R$ 149,08 de terça-feira, desvalorização de 0,21% no comparativo. Esta foi a terceira queda seguida do indicador.

Etanol hidratado

Já o etanol hidratado registrou sua 13ª queda consecutiva pelo Indicador Diário Paulínia. Ontem, o biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.775,50 o m³, recuo de 0,48% no comparativo com os preços praticados no dia anterior, quando o metro cúbico era negociado a R$ 2.789,00. No mês o indicador já acumula baixa de 7,90%.

Da Redação/foto: UDOP

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