Segundo o último Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS, os rebanhos de corte no estado ainda desfrutam de boas condições corporais, impulsionadas pela adequada disponibilidade de forragem, principalmente nos campos nativos. O ciclo de nascimento de terneiros está concluindo em propriedades mais tecnificadas, enquanto em outras, os partos continuam, exigindo atenção adicional dos produtores. O período reprodutivo persiste com a realização de práticas como Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), Inseminação Artificial (IA) e monta natural. O relatório destaca um aumento na incidência de carrapatos, demandando manejos frequentes para o controle desses ectoparasitas.

Na região de Bagé, as chuvas e temperaturas elevadas contribuíram para o aumento da forragem de qualidade, porém, relatos indicam um significativo aumento de parasitas, como carrapatos, afetando até mesmo rebanhos sob controle, resultando em problemas como a tristeza parasitária bovina. Em Caxias do Sul, os animais mantêm bom estado corporal devido ao desenvolvimento das pastagens nativas, com condição sanitária satisfatória, mas com a necessidade de controle constante de ectoparasitos. A maioria das matrizes apresenta boa recuperação pós-parto, muitas já em processo reprodutivo novamente.

Na região de Erechim, as condições climáticas favoráveis beneficiaram tanto os animais quanto as pastagens, refletindo em rebanhos com bom estado sanitário e corporal. Em Passo Fundo, persistem desafios na comercialização de animais, especialmente nas categorias de recria e terminação. Em Pelotas, as atividades concentram-se no controle do carrapato bovino e no manejo reprodutivo dos rebanhos. Já em Santa Maria, a condição corporal do rebanho mantido em áreas de campo nativo é considerada satisfatória. Em Santa Rosa, muitos pecuaristas retêm bovinos terminados nas propriedades devido a preços desfavoráveis, buscando melhores valores durante a virada do mês.

No âmbito da comercialização, o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar indica um aumento de 1,88% no preço médio do boi, passando de R$ 7,45 para R$ 7,59. No caso da vaca para abate, houve um aumento de 1,26%, de R$ 6,34 para R$ 6,42 por quilo vivo. O panorama revela um cenário dinâmico na pecuária gaúcha, com desafios e oportunidades que demandam atenção constante por parte dos produtores.

Redação/foto: O Presente Rural

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