O Brasil se tornou, pela primeira vez, o maior fornecedor de algodão do mundo. As exportações brasileiras, no período que vai de agosto de 2023 e julho de 2024, devem alcançar cerca de 2,70 milhões de toneladas de algodão beneficiado (pluma), deixando em segundo lugar os Estados Unidos, que embarcaram um volume aproximado de 2,57 milhões de toneladas.
Essa notícia foi anunciada pelo Ministro da Agricultura e Pecuária (MAPA), Carlos Fávaro, no âmbito do lançamento do Plano Safra 24/25 para o agro empresarial, no dia 03 de julho de 2024.
Após cair por três meses seguidos, o preço do algodão em pluma reagiu em junho. Segundo pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), o impulso veio da posição firme vendedora e da maior procura, mesmo que pontual. No acumulado do mês, o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, subiu 1,72%, fechando a R$ 3,9697/lp no dia 28. A média mensal foi de R$ 3,9317/lp em junho, superando em 1,94% a de maio/24, mas 3,29% abaixo da de junho/23, em termos reais (deflacionamento pelo IGP-DI de maio/24).
A disponibilidade de pluma no spot ainda é restrita diante do encerramento da temporada 2022/23 e da chegada pontual de algodão da nova safra 2023/24. Do lado da demanda, alguns compradores buscam por novos lotes e chegam, inclusive, a ofertar valores superiores na tentativa de atrair vendedores.
Outras indústrias estão abastecidas e/ou tentam adquirir a preços inferiores, ainda conforme pesquisadores do Cepea. Comerciantes, por sua vez, realizam negócios “casados” e/ou compram a pluma para atender aos contratos firmados anteriormente.
0 Comentários