Defensor da cultura, Botelho valoriza Museu da Viola de Cocho
Deputado visita Espaço Cultural Alcides Ribeiro, em Santo Antônio de Leverger e lembra-se do pai que entoava o tradicional cururu.
Acompanhado do ex-vereador Eduardo Salomão Moreira Silva, o deputado Eduardo Botelho, presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso – ALMT, visitou em janeiro, o Museu da Viola de Cocho – Espaço Cultural Alcides Ribeiro, no distrito de Varginha, em Santo Antônio de Leverger.
Botelho parabenizou a iniciativa do artesão e mestre da cultura regional, Alcides e família pelo trabalho de valorização das tradições culturais, especialmente, da viola de cocho, que é o símbolo da cultura mato-grossense e patrimônio imaterial brasileiro.
O museu está instalado na residência da família Ribeiro, onde também funciona o ateliê, que deverá oferecer cursos para novas gerações. A proposta é manter as tradições, como a arte de fazer a viola de cocho, canoa, pilão e mocho de siriri. Além do encontro anual de siriri e cururu.
“Alcides e a família têm esse amor pela nossa arte. Eu tinha preocupação com o cururu, principalmente por ser uma cantoria basicamente masculina porque os rapazes não gostam muito, outros não conhecem. E a família Ribeiro leva adiante nossa história. A criação do museu é fantástica, contando toda a história da viola de cocho, preservando aquelas violas mais antigas com 50, 70 anos”, reconheceu Botelho, ao lembrar o pai, que era cantador de cururu. “Nasci e cresci ouvindo isso. Naquele tempo na roça, não tinha nada, então sentava na porta de casa e pegava a viola para animar a família”, recordou.
Eduardo Salomão disse que assim como o deputado foi conhecer o museu, turistas que passam por lá, têm a honra de vivenciar a história por meio dos instrumentos expostos, e o saber tradicional sobre a viola de cocho. “É um trabalho que passa de geração para geração, ensinando a arte cultural mato-grossense”.
Botelho foi presenteado com um mocho de siriri pelo artesão Alcides. “É uma satisfação recebermos o deputado Botelho aqui, que é da nossa região e conhece muito bem as nossas tradições. Temos muitas histórias registradas no museu. Lembro que antigamente, no Pantanal, tinha competição de quem fazia e tocava a melhor viola de cocho. Com a vinda dos novos instrumentos, a cultura foi mudando. Mas estamos preservando, ensinando e expondo nossa riqueza cultural”, afirmou Alcides.
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