Exportação do milho brasileiro para China segue em alta
As perspectivas para as exportações de milho do Brasil são
extremamente otimistas. Desde o final do ano passado, a China autorizou mais de
440 instalações para o envio desse grão ao país. Nos primeiros seis meses deste
ano comercial (fevereiro a julho), as exportações de milho ultrapassaram
significativamente os números registrados nos mesmos meses do ano anterior, com
um notável aumento de 27,9% em relação ao mesmo período de 2022.
De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados
Unidos (USDA), estima-se que as exportações brasileiras de milho para a safra
2022/23 atinjam 56 milhões de toneladas, representando um aumento de 16% em
comparação à safra anterior. Esse resultado, se confirmado, será um recorde
impressionante.
“A demanda chinesa deve continuar forte, uma vez que os
asiáticos seguem buscando independência do milho americano e estão vindo buscar
no Brasil, onde tem oferta e preço competitivo. A Argentina, assim como para a
soja, apresenta uma grande quebra de safra para o milho, reduzindo o potencial
de exportação e a Ucrânia segue enfrentando dificuldades relacionadas com a
guerra em seu território”, comenta.
Essas condições combinadas criam uma oportunidade
significativa para o milho brasileiro no mercado internacional. As estimativas
para a segunda safra de milho no Brasil apontam para uma produção de 100
milhões de toneladas, havendo até mesmo especulações de alguns players do
mercado sugerindo números próximos a 105 milhões de toneladas.
Diante desse cenário, é viável exportar as 56 milhões de toneladas projetadas, mantendo ao mesmo tempo um equilíbrio no mercado interno. Isso resultaria em estoques finais estimados entre 9 e 10 milhões de toneladas.
Redação/foto: Farmnews
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