As questões climáticas vêm castigando diversas regiões do Brasil e apresentam desafios significativos para a cadeia logística do país. O Sul do Brasil enfrenta um alto volume de chuvas, enquanto o Amazonas lida com uma estiagem sazonal que impacta a navegação fluvial. Tais fenômenos naturais podem provocar danos, bloqueios e atrasos em todo o processo logístico, afetando o abastecimento e a economia como um todo.

De acordo com dados oficiais, a região Sul, especificamente Santa Catarina, registrou um total de chuvas que superou os 300 mm apenas na primeira quinzena de outubro. Na capital, Florianópolis, o registro foi de 329,6 mm, muito acima da média histórica para o mês de outubro, que é de 153 mm. Essas chuvas intensas têm causado fechamentos de acessos a importantes portos, como Itajaí e Navegantes, em Santa Catarina.

Helmuth Hofstatter, CEO da Logcomex, uma empresa que oferece tecnologia para o comércio exterior por meio de uma plataforma completa end-to-end, enfatiza que os impactos desses eventos climáticos nas operações logísticas são significativos. "O fechamento de acesso aos portos de Itajaí e Navegantes (SC) já causou perdas de mais de R$ 500 milhões", destaca Hofstatter.

Os problemas de acesso aos portos são apenas o começo dos desafios. A região sul ainda enfrenta alertas sobre chuvas intensas, o que pode levar a danos nas rodovias, bloqueios e atrasos na logística. A situação não é diferente no Amazonas, onde a estiagem sazonal afeta a navegação fluvial. A Associação Brasileira de Armadores de Cabotagem (ABAC) relata uma queda diária de 35 centímetros no volume de água, enquanto a média para o período é de 25.

O Brasil enfrenta obstáculos significativos em sua cadeia logística devido a eventos climáticos extremos. A atenção e a preparação são essenciais para minimizar os impactos e garantir um abastecimento estável no país.

Redação/foto: Giro do Boi

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