Mercado do feijão mantem estabilidade nos preços
Com múltiplas alternativas de abastecimento, os níveis de
preço ao produtor, ao que tudo indica, encontraram momentaneamente um nível ao
redor de R$ 200/210 para o feijão-carioca 8,5 acima, informa o Ibrafe
(Instituto Brasileiro de feijão e Pulses). No varejo, dizem eles, houve a
readequação dos valores para o consumidor e, com a qualidade notoriamente acima
da média dos Feijões irrigados, as vendas estão em ritmo normal.
“Para o mercado de feijão-preto, as vendas sofreram um forte recuo em função de que o carioca está mais barato. Por outro lado, os empacotadores estão atentos às mudanças que podem ocorrer no abastecimento do produto originado na Argentina, onde o dólar para exportação de produtos agrícolas foi implantado”, comenta o presidente do Ibrafe, Marcelo Lüders.
De acordo com ele, não se espera no momento recuo das cotações em função do equilíbrio, no momento da oferta e demanda, desta variedade: “O feijão-rajado tem se mantido entre R$ 300/320, muito em função dos contratos celebrados no momento do plantio entre produtores e exportadores”.
ESTABILIDADE E MAIOR DEMANDA
Ainda de acordo com o Ibrafe, o mercado voltou a manter a estabilidade de preços pagos aos produtores nas fontes de Goiás e Minas Gerais, com indicações de maior procura, tanto lá como no estado de São Paulo, por parte dos empacotadores no dia de ontem. “Isso só está ocorrendo porque se de um lado há quem precise vender por ter vencimentos inadiáveis para o mês de agosto, há também um grande contingente de produtores que estão dispostos a esperar”, diz Lüders.
“No curtíssimo prazo, nada mudou para os meses de agosto e setembro, mas o horizonte para ainda o ano de 2023 pode indicar possibilidade de melhora nas cotações. É verdade que ainda não há grande colheita ocorrendo no Mato Grosso. Lá, os produtores mantêm, devido à pouca disponibilidade até agora, os R$ 250 por saca de 60 quilos e, portanto, para os produtores do Mato Grosso vale aproveitar enquanto houverem compradores, sabendo que a tendência é aumentar a oferta também naquela região, assim como está ocorrendo agora nos outros estados”, conclui.
Redação/foto: (reprodução/arquivo)
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