No mercado de milho do estado do Rio Grande do Sul o Centro-Oeste abastece o estado e faz pressão sobre os preços, que recuaram forte, de acordo com informações da TF Agroeconômica. “Mercado de milho segue sentindo muito a pressão de vendas, notadamente do centro-oeste do país, que gerou e ainda gera uma certa irracionalidade no mercado. Isso acaba comprometendo até mesmo os preços para o safrinha, porque muita pressão agora, abastece compradores locais, jogando toda pressão de julho para frente nos portos, e isso derruba ainda mais prêmios”, comenta.

“No RS as indústrias seguem bem compradas, com o abril e maio cobertos. Desta forma, neste momento, só olham oportunidades, no junho, e se dão ao luxo de mostrar preços aos vendedores muito aquém dos desejos dos mesmos. Não ouvimos indicações de preços hoje, portanto segue valendo as de quinta- feira. A indústria indicou R$ 70,00 posto Santa Rosa, R$ 71,00 Frederico Westphalen e R$ 70,00 Três Passos, R$ 71,00 Marau e R$ 72,00 Arroio do Meio”, completa.

Santa Catarina tem negócios a R$ 68,00 em várias regiões do estado, enquanto o balcão recua forte. “De um modo geral os compradores não apresentam preço, porque no dia seguinte pode estar menor. Mas, hoje houve um negócio a R$ 68 em Papanduva e R$ 68 em Xanxerê. Na região de Rio do Sul tem vendedores a R$ 68 FOB, mas os compradores não aceitam. Preços de balcão voltaram a cair para R$ 66/saca em Campos Novos, R$ 62,00 em Chapecó e Joaçaba e Concórdia. Canoinhas, R$ 61”, indica.

O Paraná tem o mercado totalmente parado. “Mercado extremamente parado, mas, basicamente, produtor querendo R$ 70 ou mais e compradores a R$ 65/66. Com essa safra que está vindo deverão chegar do MT/MS 40 milhões de toneladas a partir de junho e o comprador não quer nem saber, além das mais de 5 milhões de safra velha ainda disponíveis nos estados do MS, MT, MG e GO. Milho paraguaio: preços na origem recuaram US$ 10/t, seguindo as quedas no Brasil, mas não vimos negócios realizados”, conclui.

Da Redação/foto: Terra Magna

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