A terça-feira (25) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações positivas na Bolsa Brasileira (B3), após operar no campo negativo na maior parte do dia. As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 58,17 e R$ 68,34.

O vencimento setembro/23 foi cotado à R$ 58,17 com valorização de 1,73%, o novembro/23 valeu R$ 62,09 com ganho de 1,70%, o janeiro/24 foi negociado por R$ 65,19 com alta de 1,38% e o março/24 teve valor de R$ 68,34 com elevação de 1,39%.

Após operar no campo negativo da B3 a maior parte do dia, segundo o movimento baixista da Bolsa de Chicago, os contratos do cereal brasileiro se recuperaram no fechamento do pregão e registraram altas acompanhando a elevação do dólar ante ao real.

A Agrinvest destaca que a comercialização do milho segue lenta no Brasil, com predominância de negócios voltados para a soja.

“As vendas de soja ainda predominam, mesmo com o avanço da colheita da safrinha, que já chega em 48%. O ritmo de comercialização da semana passada ficou em 1,5 milhão de toneladas, contra 400 mil toneladas de uma semana antes e 350 mil de duas semanas atrás. Essas vendas foram estimuladas pela melhora dos níveis de preços, aumentando o interesse do lado vendedor”, detalha a consultoria.

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou altas e baixas neste segundo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorizações em Ubiratã/PR, Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, Eldorado/MS e Cândido Mota/SP. Já as valorizações apareceram em Castro/PR, Rio do Sul/SC, Sorriso/MT, Oeste da Bahia e Campinas/SP.

 

Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira

De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “com a valorização dos cereais no mercado externo, o milho passou por alta no mercado físico brasileiro e voltou a ser comercializado na média de R$ 55,00/sc em Campinas/SP”.

Na visão da SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho teve uma terça-feira de poucas negociações. “Tanto os consumidores como produtores se encontram cautelosos na comercialização, de olho nos preços internacionais do cereal”.

Segundo a SAFRAS Consultoria, consumidores e produtores estiveram cautelosos nas negociações. “As atenções estão voltadas para o forte movimento dos futuros do milho na Bolsa de Chicago e para a paridade de exportação. A escalada das tensões entre Rússia e Ucrânia trazem apreensão para o trigo e milho no mercado mundial. Pelo movimento da Bolsa de Chicago, o mercado esperava mais dos preços de porto”.

 

Mercado Externo

Os preços internacionais do milho futuro também encerraram a terça-feira com movimentações no campo negativo da Bolsa de Chicago (CBOT).

O vencimento setembro/23 foi cotado à US$ 5,57 com queda de 3,00 pontos, o dezembro/23 valeu US$ 5,65 com desvalorização de 3,00 pontos, o março/24 foi negociado por US$ 5,75 com perda de 2,75 pontos e o maio/24 teve valor de US$ 5,80 com baixa de 2,75 pontos.

Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última segunda-feira (24), de 0,54% para o setembro/23, de 0,53% para o dezembro/23, de 0,52% para o março/24 e de 0,51% para o maio/24.

Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho sofreram perdas de dois dígitos durante a noite, mas conseguiram recuperar a maior parte disso durante a sessão de terça-feira. Ainda assim, os preços terminaram cerca de 0,5% mais baixos em algumas vendas técnicas líquidas.

“O setor de grãos e oleaginosas ficou sob pressão durante a noite, quando a Rússia optou por não continuar seu bombardeio noturno da infraestrutura de exportação da Ucrânia, pelo menos na noite passada. A expectativa geral é de que haverá mais greves, embora apenas a Rússia saiba até que ponto”, relatou Arlan Suderman, economista chefe de commodities da StoneX.

Redação/foto: (reprodução/arquivo)

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