No estado de São Paulo em média 95% dos criadores de suínos são independentes
A suinocultura independente em São Paulo é uma atividade vital, mas está repleta de desafios significativos. O Ligados & Integrados conversou com Valdomiro Ferreira Júnior, presidente da Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS), para entender a dinâmica desse setor e como a APCS está trabalhando para apoiar os suinocultores independentes.
Suinocultores independentes
Valdomiro Ferreira Júnior, presidente da APCS, destaca que
os suinocultores independentes em São Paulo enfrentam obstáculos consideráveis.
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Um dos principais desafios é o custo de produção elevado,
devido à dependência de grãos importados, como milho e farelo de soja. Além
disso, a contratação de mão de obra qualificada é um problema recorrente. São
Paulo não é um estado tradicional na produção de grãos, o que resulta em custos
mais altos para os criadores. Limitações no acesso ao mercado também estão
entre os desafios críticos, uma vez que o estado possui um número restrito de
frigoríficos.
“O custo de produção, a falta de mão de obra qualificada e a dependência de grãos importados são nossos maiores desafios. Precisamos trabalhar na eficiência da produção para superar essas barreiras.”
A Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS) desempenha um papel crucial no apoio aos suinocultores independentes. Valdomiro destaca a informatização para questões ambientais, a gestão tributária e a facilitação da comercialização como áreas de atuação da APCS. A APCS tem implementado um sistema informatizado para questões ambientais e tem contribuído na gestão tributária. Além disso, promove a comercialização de suínos para atender nichos de mercado no estado.
“Estamos implementando um sistema informatizado para questões ambientais e colaborando na gestão tributária. Também promovemos a comercialização de suínos para atender nichos de mercado no estado.”
Perfil dos produtores
A maioria dos produtores independentes de suínos em São
Paulo incorpora a suinocultura como uma segunda ou terceira atividade econômica
em suas propriedades, frequentemente relacionada à lavoura, como a cafeicultura
e a cana-de-açúcar. Além disso, o compartilhamento de recursos, como dejetos
para adubo orgânico, é uma prática comum entre esses criadores.
“A sobrevivência da suinocultura paulista frequentemente depende da integração com outras atividades econômicas na propriedade, como lavoura e compartilhamento de recursos, como adubo orgânico.”
As granjas dos suinocultores independentes em São Paulo estão em conformidade com os padrões tecnológicos dos estados do sul e centro-oeste. Há uma ênfase significativa no bem-estar animal, com instalações que proporcionam conforto aos suínos.
“As granjas em São Paulo atendem a padrões tecnológicos semelhantes aos dos estados do sul e centro-oeste, com foco no bem-estar animal e conforto nas instalações.”
O mercado e o futuro da suinocultura em São Paulo
São Paulo é um grande consumidor de carne suína, porém, produz apenas uma pequena fração do que consome. Valdomiro destaca os desafios de ser um estado importador e as estratégias para enfrentar essa situação, como atender nichos de mercado específicos.
Redação/foto: (reprodução/foto)
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