A produção de cacau aos poucos tem ganhado espaço em meio às propriedades rurais de Mato Grosso. Segundo quem produz, além de proporcionar renda, a cacauicultura tem entre suas vantagens está a sombra proporcionada pelas árvores.

Cerca de 32 produtores rurais recebem, atualmente, Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT) para se desenvolverem na cadeia produtiva da cacauicultura, produto que dá origem ao chocolate.

No Sítio Alvorada, localizado no município de Colniza, Antônio Espíndola e Rodrigo Espíndola (pai e filho) realizam o cultivo do fruto. Os dois iniciaram a produção do cacau no estado de Rondônia e, a partir do conhecimento sobre a cultura, manteve o cultivo quando se mudou para Mato Grosso.

“Estamos plantando desde 2007 e como a gente já mexia com o cacau em outro estado, resolvemos fazer uma roça aqui para sobreviver”, afirma Antônio.

 

Atualmente, a família se mantém apenas com a produção do cacau, e destacam que a cultura traz outras vantagens, como gerar sombra na lavoura.

“Além de dar dinheiro, ele precisa de sombra e como a região é muito quente, a sombra da lavoura contribui para trabalhar”, destaca Antônio.

Expectativas após a assistência.

Após o atendimento do Senar-MT, a expectativa de pai e filho é melhorar ainda mais na atividade. O sonho dos produtores, é realizar o beneficiamento do grão e abrir uma agroindústria para produzir o pó e a pasta do cacau.

“Ele é vendido a um preço baixo e lá na frente dobra de valor, por isso, nossa meta é que ele saia daqui já como subproduto”, conta o produtor.

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Para o engenheiro agrônomo e técnico de campo credenciado ao Senar-MT, Marcos Vinícius, a logística é um dos grandes gargalos dos produtores.

“Quando conseguimos encontrar um bom ponto de escoamento é animador, porque conseguimos produzir uma quantidade definida e com a certeza da comercialização”, explica Marcos.

Segundo o supervisor do Senar-MT, Thiago Salapata, por ser uma cadeia que não é comum em Mato Grosso, a cacauicultura exige um aporte de conhecimento maior, mas que tem potencial para crescer, com apoio da assistência.

“A cultura demora muitos anos para iniciar a sua produção e erros que possam ser cometidos podem impactar diretamente nos resultados. O produtor se sente mais seguro em investir na cultura, porque as orientações técnicas possibilitam a realização de ações mais assertivas, reduzindo riscos ao seu investimento”, destaca o supervisor.

Da Redação/foto: ABNC

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