De acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica indicam que, no longo prazo, o milho tem tendência de alta mais forte que a soja. “O relatório do USDA desta sexta-feira aumentou muito os estoques finais da soja em 21,24% e os do milho em apenas 5,21%. Só este dado seria suficiente para mostrar que os preços do milho deverão ser bem mais positivos que os da soja na próxima temporada”, comenta.

“Como os preços domésticos do milho no Brasil dependem do escoamento que houver pela exportação e esta está sendo colocada pelo USDA (55 MT) bem acima da estimativa da Conab (48 MT), se o USDA tiver razão os preços do milho brasileiro na próxima temporada serão bem mais positivos do que os da soja, que tendem a cair forte. O consumo da China, principal comprador mundial, foi aumenta do 4m 5 milhões de toneladas, passando de 299MT para 304 MT. A produção própria da China é de 280 MT, obrigando-a a importar cerca de 24 milhões de toneladas na próxima temporada. A fatia do Brasil vai depender dos negociadores brasileiros, que estão se mostraram muito pouco agressivos em 2022”, completa.

No entanto, esta alta deverá ser comedida. “Não vemos os preços nos mesmos níveis do início da safra passada, ao redor de R$ 90/saca, mas algo ao redor de R$ 80,00/saca a médio e longo prazos, contra um custo de produção de R$ 73,94, para a segunda safra, segundo o Deral. Hoje, portanto, os preços atuais estão proporcionando um prejuízo gigantesco, com preços de R$ 50/saca pagos ao produtor, mas a tendência da próxima safra poderá reverter isto. Como a Safrinha já está definida no Brasil e ela é recorde, este aumento brutal de produção (feito sem planejamento) repercutirá sobre a tendência dos preços, continuando a pressioná-los para baixo durante a próxima temporada, se bem que não com a mesma força desta”, conclui. 

Da Redação/foto: Sensix Blog

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