A Assembleia Legislativa de Mato Grosso criou no dia 8/5 a Frente Parlamentar de Apoio ao Produtor de Leite no Estado de Mato Grosso, que será coordenada pelo deputado estadual Gilberto Cattani (PL) e contará como membros titulares, os deputados Carlos Avallone (MDB), Dr. Eugênio (PSB), Valmir Moretto (Republicanos) e Elizeu Nascimento (PL). A cerimônia de criação da Frente, contou com a participação do Sistema OCB/MT, que foi representado pelo superintendente da OCB/MT, Frederico Azevedo.

Essa Frente Parlamentar tem relação direta com a recente Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI do Leite, constituída pelo Ato nº. 002/2022, que indicou a sua criação como uma das alternativas necessárias para o setor de laticínio mato-grossense. O setor produtivo do leite tem passado por uma grande pressão nos últimos anos, principalmente de mercado, para os pequenos produtores, que dependem de atenção e apoio para melhorar a remuneração e rentabilidade na propriedade. Nesse cenário estão as cooperativas de leite, que fazem um papel preponderante para mitigar essa pressão e gerar assistência técnica e de aquisição de insumos.

“Um litro de leite nunca valei mais do que uma dose de cachaça. Esse é o grande gargalo do setor. O produtor de leite precisa ganhar dinheiro e temos que melhorar a rentabilidade do setor e o objetivo

A cerimônia contou om a participação presencial e online dos deputados que compõem a Frente Parlamentar da Frente Parlamentar é justamente promover, em conjunto com representantes da sociedade civil e de órgãos públicos, a discussão e o aprimoramento da legislação e de políticas públicas para o Estado para esse setor”, disse Gilberto Cattani (PL).






Frederico Azevedo, superintendente da OCB/MT, disse que existe uma grande dificuldade mercadológica, principalmente depois da pandemia, para o setor lácteo. “Com a inflação, houve uma redução no poder de compra da população e se viu a criação de novos produtos a partir do lácteo, que não geraram necessariamente renda para o produtor e para a indústria. Nesse contexto, acreditamos que a instalação da Frente Parlamentar é propícia para que possamos repensar a cadeia do lácteo em Mato Grosso e que o setor cooperativo pode contribuir, não só com as cooperativas do ramo agro lácteo, que fazem a organização da produção, mas também com as cooperativas de crédito, que podem ajudar no fornecimento de crédito e melhoria dessa capacidade produtiva de Mato Grosso”.

Xisto Bueno, Diretor Executivo do Fórum Agro, ponderou que “a Frente Parlamentar de Apoio ao Produtor de Leite será uma forma do pequeno produtor de leite se vê representado nas discussões com o poder público para garantir que haja política de atenção voltadas para eles, tentando diminuir o custeio e buscar novas formas de industrialização, com a verticalização da produção”.

O diretor da Fórum Agro disse ainda que “as cooperativas de leite são fundamentais nesse processo, sobretudo para trabalhar as questões de custo e as cooperativas de crédito para liberação de crédito mais acessíveis, com juros menos violentos, principalmente com essa taxa básica altíssima que temos agora”.

Fazem parte da Frente Parlamentar de Apoio ao Produtor de Leite no Estado de Mato Grosso, representantes da Organização das Cooperativas Brasileiras de Mato Grosso (Sistema OCB/MT), a Famato, o Fórum Agro MT, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), o Conselho Paritário Produtores de Leite (Conseleite), e a Associação dos Produtores de Leite (Aproleite).

Cooperativas do Setor Lácteo de MT
Dentre as cooperativas ativas no Estado de Mato Grosso, o número total de cooperados em 2021, segundo dados do Sistema OCB/MT, totalizou 6.335 produtores, com a maior concentração presente na região norte, com 39,64% da participação estadual, seguida da região sudeste, com 25,57% do total de cooperados.

O total de leite captado em Mato Grosso, segundo dados do IBGE (2021), demostra que as cooperativas analisadas no estudo do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), representaram 29,70% do volume total estadual em 2021. As cooperativas analisadas registraram cinco segmentos distintos nas atividades de atuação, como a armazenagem, captação de recursos para financiamento, comercialização de insumos, comercialização de produtos e industrialização. 

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