No quadrimestre de janeiro a abril de 2023 para 2022 a quantidade importada de fertilizantes teve queda de 11,15 milhões de toneladas (-7,1%). Os fluxos das internalizações dependem das decisões dos agricultores para comprarem esses insumos. No plantio das lavouras desta safra 2022/23 houve largas aquisições adiantadas por causa da guerra no Leste Europeu entre a Rússia e Ucrânia. Esses dois importantes são dotados de volumosas jazidas minerais. Mas, diante dos altos riscos para escoar produtos dessa região, os preços internacionais dos adubos se elevaram bastante.

Assim, entre o segundo semestre de 2021 e o primeiro semestre de 2022, o governo brasileiro montou junto com grupos privados a estratégia que ficou conhecida como a diplomacia dos fertilizantes. Como mais de 85% dos fertilizantes utilizados pela agricultura brasileira são importados, a missão prioritária era de visitar os países provedores. O resultado dessa operação foi muito bem-sucedida, com duas das maiores importações nacionais, em 2021 e 2022.

Na mira dos agentes de mercados segue as negociações no corredor de grãos do Mar Negro, diante das inquietações existentes entre a Rússia e a Ucrânia. Apoiada pela Organização das Nações Unidas (ONU), a situação encontra-se mais amena para os traders e as companhias de navegação planejarem as decisões. Os momentos de pico das cotações internacionais aconteceram por volta do segundo trimestre de 2022. Essa ascendência motivou o retardamento das compras no mercado interno.

Durante esses primeiros quatro meses de 2023, os níveis das importações de fertilizantes se mantiveram em quantidades acima dos registrados até 2020. Apesar desse desempenho favorável, as cotações de importantes commodities comercializadas pelo Brasil se reaproximam dos patamares mais baixos vigentes antes da guerra na Ucrânia. Essa conjuntura pode ser vitalizada com recursos do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) da Safra 2023/24, estimulando a retomada da demanda pelo insumo.

Da: Redação/foto: Infoescola

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