A recomendação da TF Agroeconômica no início do mês de dezembro foi de vender a soja ou fixar preço nos mercados futuros. De acordo com a consultoria, quem fez isso já ganhou o dobro. “Quem seguiu nossa recomendação já dobrou o seu ganho apenas nesta semana, atingindo R$ 22,55/saca, que estão sendo somados ao que o mercado paga no balcão em cada cidade”, comenta.

“Nossas previsões de que os preços atingiriam entre R$ 115 e R$ 105/saca, infelizmente, foram cumpridas, na maioria dos estados, exceto no RS, que é o estado que remunera os preços mais altos de soja no país. Como sempre dizemos, quem segue os mercados futuros e os gráficos, vende melhor no mercado físico. Com preços tão baixos, a lucratividade está comprometida, diante de custos de produção ao redor de R$ 116,26/saca, segundo o Deral-PR, para quem colhe apenas 55 sacas/hectare”, completa.

Os fatores de alta são a China aumentando a importação de óleos vegetais e aumento do biodiesel no diesel, no Brasil, que deve aumentar a demanda por óleo e o esmagamento. “A China importou 9,823 milhões de toneladas de soja em dezembro de 2023, de acordo com dados preliminares publicados hoje pela Administração Geral das Alfândegas do país (Gacc, na sigla em inglês)”, indica.

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) decidiu no último dia 19 de dezembro aumentar o aporte de biodiesel na mistura ao óleo diesel de 12% para 14% a partir de março de 2024. O percentual subirá para 15%apartir de março de 2025. Isto poderá manter os preços do mercado interno levemente acima dos preços externos ou, pelo menos, estimular a disputa pelo grão”, informa.

Na baixa, se destacam os dados de produção e estoque nos Estados Unidos que vieram acima das expectativas do mercado e os estoques nos EUA ao fim de 2023/24, onde a estimativa ficou em 7,62 milhões de toneladas, ante 6,67 milhões de toneladas previstas em dezembro. “A expectativa dos analistas era de uma redução para 6,51 milhões de toneladas”, diz.

Redação/foto: Globo Rural

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