De acordo com a TF Agroeconômica, os preços internos do milho têm alguma chance de continuar subindo levemente, talvez tocar, por um breve momento o nível de R$ 80,00/saca, mas sem permanecer nele por muito tempo, porque o milho externo , que poderá ser importado, forçará a baixa. Nesse contexto, é bom aproveitar uma alta boa para vender.

“Além disso, as próprias cotações da B3 para os meses mais distantes são consideravelmente mais baixas: enquanto março chega a R$ 77,35, maio cai para R$ 75,52, julho para R$ 72,60, setembro para R$ 70,82 e novembro para R$ 72,46. Como se vê, a tendência geral não é de forte alta, mas de baixa, embora permaneça acima dos preços de exportação. Então, nossa recomendação é aproveitar qualquer alta maior para vender”, comenta.

O que pode fazer os preços subirem são as preocupações com a segunda safra do Brasil, cujas projeções são ainda incertas, como dados das consultorias mostrando uma diferença muito grande nas perspectivas, porque a Safrinha ainda está muito longe. “Pelo sim, pelo não, as indústrias domésticas estão garantindo seus estoques e elevando os preços internos, que subiram 2,22% no dia e 3,05% na semana/mês/ano, segundo o Cepea, enquanto Chicago recuou 1,23 % e 2,22% no mesmo período”, indica.

Já um dos principais fatores de baixa é a concorrência do Brasil, que continua exportando volumes significativos.

“O Brasil deve exportar 3,32 milhões de toneladas de milho neste mês, segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC). Na semana entre 24 e 30 de dezembro de 2023 foram exportadas 1.370 milhões de toneladas de milho. No total do ano passado, foram embarcadas para o exterior 55,6 milhões de t de milho, contra 48,28 MT na temporada anterior”, conclui.

Redação/foto: Nutrição Safras

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