O cenário atual apresenta desafios significativos para os produtores de feijão-carioca no Brasil, marcado pela redução nos preços das commodities. Nesse contexto, é crucial que os agricultores adotem estratégias ponderadas para evitar decisões precipitadas. O Instituto Brasileiro de feijão e Pulses (Ibrafe) oferece insights cruciais para orientar os produtores nesse ambiente instável.

A colheita atingindo seu pico em Goiás e Minas Gerais, mesmo com possíveis quebras na primeira safra, representa um aumento na oferta que pode influenciar a pressão de preços. Esse fator deve ser considerado na formulação das estratégias dos produtores.

A qualidade da mercadoria é um aspecto crítico. O feijão-carioca é comercializado em uma faixa de 7,5 a 8 de cor, sendo mais desvalorizado quando apresenta manchas. O Ibrafe destaca a importância de manter a qualidade da mercadoria, observando que lotes sem manchas tendem a ter um valor mais elevado, otimizando os retornos financeiros.

A dinâmica sazonal do mercado, com um consumo historicamente menor em janeiro, seguido por um aumento em fevereiro e março, requer uma adaptação estratégica por parte dos produtores. O retorno às aulas e o período pós-carnaval podem influenciar essa dinâmica, tornando essencial uma análise cuidadosa para ajustar as estratégias de comercialização.

O valor atual do feijão-carioca, em torno de R$ 250 por saca de 60 quilos (equivalente a US$ 50), está historicamente acima da média para esta época do ano. Produtores são aconselhados a levar em consideração o contexto histórico e as taxas de câmbio ao avaliar a competitividade de seus produtos no mercado internacional.

O mercado de feijão-preto pode ser afetado indiretamente pela presença do feijão-carioca, mesmo que manchado, sendo comercializado. Contudo, o volume disponível no campo é limitado, minimizando possíveis impactos negativos nos preços.

Redação/foto: Youtube

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