O Carnaval é uma celebração da sociedade que expressa alegria, encontros e, geralmente, atrai uma multidão para as comemorações nas ruas. É também um período do ano em que os órgãos de saúde pública concentram esforços nas ações de promoção da saúde e prevenção de doenças, além de alertarem sobre possíveis riscos à saúde.

 

É fundamental ressaltar a importância de não negligenciar comportamentos que possam representar riscos à saúde individual e coletiva da população. Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), consequências adversas do consumo de álcool e drogas, acidentes de trânsito e, atualmente, a infecção pelo novo coronavírus e dengue que são alguns dos problemas em saúde a serem considerados neste período de carnaval.

 

Portanto, torna-se crucial intensificar os alertas de promoção da saúde e prevenção de doenças, conforme destaca o secretário municipal de Saúde de Várzea Grande, Gonçalo Aparecido de Barros.

 

“Não podemos ignorar o expressivo aumento no número de casos de Covid-19 e dengue após as festividades de fim de ano. Precisamos redobrar a atenção durante o feriado do Carnaval. Para tanto, é recomendável evitar grandes aglomerações, utilizar máscaras e higienizar as mãos corretamente, atitudes fundamentais para reduzir o risco de transmissão e infecção pelo coronavírus. No caso da dengue, é aconselhável o uso de repelente individual e cuidados na eliminação de criadouros do mosquito nos locais de festas e dentro de casa”, alertou o secretário.

 

Outro ponto de destaque são as doenças sexualmente transmissíveis. “O uso da camisinha externa ou interna em todas as relações sexuais é o método mais eficaz para proteção contra o HIV e outras ISTs. Reforçamos que camisinhas podem ser retiradas gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde. As ISTs são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos e transmitidas, principalmente, por meio de contato sexual com uma pessoa infectada. Atendimento, diagnóstico e tratamento estão disponíveis no SUS de forma gratuita”, enfatizou o superintendente da Atenção Primária à Saúde, Geovane Renfro.

 

“As Infecções Sexualmente Transmissíveis podem manifestar-se não apenas nos órgãos genitais, mas também em outras partes do corpo, como palmas das mãos, olhos ou língua. Podem apresentar-se por meio de feridas, corrimentos e verrugas anogenitais, entre outros sintomas possíveis, como dor pélvica, ardência ao urinar, lesões de pele e aumento de ínguas. Ao perceber qualquer sinal ou sintoma, é crucial procurar o serviço de saúde, independentemente da última relação sexual. Não se deve automedicar, e o tratamento deve ser prescrito por um profissional de saúde qualificado”, alertou ele, informando que existem diversos tipos de ISTs, sendo as mais conhecidas: HIV, sífilis, herpes genital, HPV, gonorreia, infecção por clamídia, hepatites B e C, infecção pelo HTLV e tricomoníase.

 

Outra preocupação da saúde pública é a alimentação e a hidratação adequadas. Recomenda-se adotar uma alimentação leve, usar roupas frescas, protetor solar e manter o consumo frequente de água, atitudes indispensáveis para desfrutar bem do feriado. Caso vá viajar para uma área de risco, é crucial verificar se a vacinação está em dia.

 

“O consumo de álcool está associado ao desenvolvimento de comportamentos de risco, como relações sexuais desprotegidas. Não podemos esquecer que o consumo de álcool e direção é totalmente desaconselhável, não existindo nível seguro para dirigir. Se beber, não dirija. O suor e a cerveja retiram muito líquido do corpo, o que pode levar à desidratação, queda da pressão e desmaios. Portanto, ingerir bastante água é fundamental. Além disso, água de coco também é uma excelente opção para repor os sais minerais perdidos”, recomendou o superintendente Geovane Renfro.

 

Na Saúde Pública gratuita, existem testes para diagnóstico precoce, principalmente em casos de relação sexual desprotegida, uma vez que algumas ISTs podem não apresentar sinais e sintomas. “Caso haja exposição sexual com risco de infecção, o usuário deve buscar informações sobre a profilaxia pós-exposição (PEP), que deve ser iniciada em até 72 horas. Se não forem diagnosticadas e tratadas precocemente, algumas infecções podem levar a graves complicações. Além disso, é de extrema importância alertar as parcerias sexuais sempre que uma IST for diagnosticada, para que também realizem o tratamento”, destacou ele.

 

A camisinha também é um importante método contraceptivo para quem deseja evitar a gravidez. Além do preservativo, o SUS oferece de maneira gratuita outros métodos que contribuem para os cuidados relacionados aos direitos sexuais e reprodutivos, como anticoncepcionais injetáveis mensais e trimestrais, minipílula, pílula combinada, diafragma, pílula anticoncepcional de emergência (ou pílula do dia seguinte) e o Dispositivo Intrauterino (DIU).

 

“O termo ‘Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)’ foi adotado em substituição à expressão ‘Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST)’, destacando a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e sintomas. Além disso, se tratadas precocemente, várias infecções não evoluem para doenças. Neste Carnaval, use camisinha. Previna-se contra as doenças”, alertou Geovane Renfro.

Assessoria

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