Setor público e representantes da Aprofir-MT realizaram visitas técnicas às cidades de York e Lincoln, em Nebraska, nos EUA para conhecer modelos
Com capacidade para produzir em quase 4 milhões de hectares
em área irrigada, Mato Grosso busca modelos de gestão hídrica que possam ser
colocados em prática no estado. Entre os exemplos estão os praticados nas
cidades de York e Lincoln, em Nebraska, nos Estados Unidos.
Estudo realizado recentemente pela Associação dos Produtores
de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (Aprofir-MT),
juntamente com especialistas, revela que atualmente a área irrigada do Brasil é
de 8,2 milhões de hectares e Mato Grosso responde por 178 mil hectares.
• Estudo
aponta que MT tem o maior potencial do Brasil em expansão da agricultura
irrigada
Conforme a análise, o país possui potencial efetivo de
expansão de 13,6 milhões de hectares, enquanto no estado a capacidade para
cresce é ainda maior, podendo saltar para até 3,9 milhões de hectares.
Representantes da Aprofir-MT realizaram no último dia 11,
nas cidades de York e Lincoln, uma visita técnica ao Nebraska Association of
Resources Districts (Nard), órgão que regulamenta a gestão, desenvolvimento e
proteção do solo e dos recursos hídricos dentro dos limites dos 23 distritos
que compõem o estado.
Gestão entre setor público e privado
Na oportunidade o grupo pode conhecer o ditrito de The Upper
Big Blue Natural Resources District, em York. Para o presidente da Aprofir-MT,
Otávio Palmeira, a oportunidade de conhecer efetivamente o funcionamento deste
modelo de gestão hídrica é de grande valia para o setor em Mato Grosso.
• MT tem
potencial para produzir quase 4 milhões de hectares com irrigação, diz Mauro
Mendes
“Tivemos um conhecimento muito claro de como eles fazem a
gestão e a administração dessa atividade, e o que é muito interessante porque
eles são eleitos pela sociedade, porém é uma junção do setor público com o
privado. E a gestão funciona muito bem porque a administração tem caráter
privado, apesar de que os recursos são da esfera pública, e é isso, que nós
temos que entender melhor, como podemos praticar adaptando para a nossa
realidade em Mato Grosso, para que possamos ter um dinamismo melhor da área dos
recursos hídricos”, comenta Palmeira.
O diretor geral do distrito The Upper Big Blue Natural
Resources District (NRD), David Eigenberg, explicou sobre o trabalho do
instituto dentro dos limites de York. “O NRD que é o distrito de recursos
naturais em Nebraska, eles regulam o uso de água subterrânea e de superfície no
estado, eles foram criados em 1972 pelo governo de Nebraska, e foram criados
com tecnologia agrícolas e para comunidade se tornou um nível de
sustentabilidade aprimorado”, destacou.
Estudos constantes auxiliam a gestão
Ainda no dia 11, a missão conheceu em Lincoln, o Nebraska
Association of Resources Districts (Nard), que é a associação responsável pelos
23 distritos de recursos naturais do estado do Nebraska, o grupo foi
recepcionado pelo diretor de programas e parcerias, Dustin Wilcox.
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Grosso: estudo para expansão de área irrigável ganha apoio do governo estadual
“O nosso trabalho na associação é basicamente coordenar os
estudos e a gestão dos recursos hídricos de todos os NRDs, que são as regiões
de manejo da irrigação, e representar isso em um nível estadual e federal
também. E estamos muito orgulhosos, gratos e animados por ter esta oportunidade
de trocas de informações, principalmente com a equipe brasileira, pois sempre
fazemos isso com os estados daqui. Mas é muito interessante para nós, pois é um
modelo de gestão de recursos hídricos que temos muito orgulho de ter
desenvolvido e que funciona muito bem para nós”, explicou ao grupo.
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Presente na comitiva, o deputado estadual e presidente da
Comissão do Meio Ambiente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT),
Carlos Avallone (PSDB), avaliou de forma positiva a visita técnica ao estado do
Nebraska promovida pela Aprofir-MT.
“Ficou muito claro, com a presença do governador e sua equipe, que o estado tomou a decisão de estudar, o que é muito importante e preparar o Mato Grosso para a irrigação. Para nós como legisladores é fundamental que entendamos como funciona o monitoramento das águas subterrâneas, e é isso que nos últimos dias estamos aqui concentrados em aprender, conhecer e depois levar toda essa experiência para o Mato Grosso”.
Da Redação/foto: Canteiro de Engenharia
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