Soja deve ter lucratividade positiva em 2024 no Mato Grosso e outros estados
O levantamento inicial da DATAGRO Grãos para a safra 2023/24 de soja no Brasil prevê uma temporada rentável, embora possivelmente não tão excepcional quanto às safras de 2021 e 2022, e até mesmo menos que o ano razoável de 2023. A lucratividade brutal, medida pela relação entre receita e custo de produção, deverá ser favorável à maioria dos produtores de soja, com variações de estado para estado, dependendo da produtividade média alcançada.
“Também não há lado favorável a percepção de que a safra será plantada com custos de produção bem menores, notadamente para as despesas diretas de custeio. Já no lado limitante, por enquanto temos uma sinalização de preços médios conservadores sobre o ano atual, apesar das incertezas trazidas pela continuidade do conflito na Ucrânia”, diz Flávio Roberto de França Junior, economista e líder de conteúdo da DATAGRO Grãos.
A safra 2023/24 de soja nos estados de Mato Grosso, Paraná e Goiás deverá apresentar uma redução significativa nos custos de produção em comparação com as safras anteriores, embora esses custos tenham aumentado consideravelmente nos últimos anos. Isso deve principalmente à diminuição dos gastos com insumos e alguma estabilização na taxa de câmbio, enquanto os custos fixos aumentam.
Se essa projeção de lucratividade positiva se concretizar, será o 18º ano consecutivo de aumento na renda dos produtores de soja no Brasil, com resultados próximos a 2023, mas abaixo da seleção das safras de 2020, 2021 e 2022, devido a preços mais conservadores, custos de produção mais baixos e uma boa produtividade média. “A princípio, temos sinalizações não muito distantes dos também resultados interessantes de 2023, embora abaixo dos números específicos de 2020, 2021 e 2022, com indicação de cenário mais conservador de preços domésticos, mas custos de produção bem menores e boa produtividade média”, destaca França Junior.
Redação/foto: Forbes Brasil
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