Em um esforço conjunto para combater a febre aftosa, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) do Brasil e o Ministério da Agricultura e Pecuária da Indonésia, por meio da Diretoria Geral de Pecuária e Saúde Animal (DGLAH), selaram um acordo técnico que marcará um passo significativo na produção de vacinas contra a doença. Durante o encontro, ficou acordada a criação de um grupo técnico conjunto entre os dois países para tratar de assuntos relacionados ao setor agrícola, com foco especial na cooperação científica. Além disso, foram discutidas possibilidades de expandir o comércio de produtos agropecuários brasileiros para a Indonésia.

 

De acordo com informações divulgadas pelo Mapa, a assinatura deste acordo histórico ocorreu após uma reunião produtiva entre o ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, Carlos Fávaro, e o ministro da Agricultura da República da Indonésia, Andi Amran Sulaiman, realizada na tarde de segunda-feira (30) em Jacarta.

 

O ministro Fávaro enfatizou que essa colaboração fortalecerá os laços entre os dois países, permitindo que a Indonésia tenha acesso às avançadas tecnologias desenvolvidas pelo Brasil para a produção de vacinas eficazes contra a febre aftosa. "O Brasil está comprometido com essa parceria e tenho certeza de que será uma ampla oportunidade para ambos os países, já que dispomos de infraestrutura fabril para produzir essas vacinas e compartilhar nosso conhecimento com a Indonésia", declarou.

 

O acordo estabelece diretrizes essenciais para a implementação do projeto, que incluem o fornecimento de matérias-primas e materiais intermediários para a fabricação de vacinas contra a febre aftosa, a gestão e validação da tecnologia empregada na produção de isolados locais e kits de diagnóstico na Indonésia, além do aumento da capacidade de produção e teste de vacinas locais.

 

Além disso, o acordo visa proporcionar suporte técnico e científico para o controle e erradicação da febre aftosa, com base na vasta experiência do Brasil. Vale destacar que o Brasil eliminou o último foco da doença em 2006 e todo o seu território é reconhecido internacionalmente como livre da febre aftosa, tanto nas zonas com quanto sem vacinação, desde 2018.

Redação/foto: Ag. Brasil

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