Pedra de boi virou alvo das quadrilhas pelo alto valor agregado, três vezes o preço da grama de ouro. A “preciosidade” é vendida principalmente a países asiáticos – com um mercado mundial de R$ 1,5 bilhão. Entenda mais sobre o assunto.

 Alvo de roubos milionários, a pedra da vesícula de boi, também conhecida como pedra de fel. Uma quadrilha rendeu funcionários de uma empresa e roubou uma carga de cálculo renal bovino, avaliadas em R$ 2 milhões. O roubo inusitado aconteceu, em Barretos, no interior de São Paulo. Essas pedras, altamente valiosas, são principalmente vendidas para países na Ásia, movimentando um mercado global de aproximadamente R$ 1,5 bilhão.

Seu grande valor agregado atrai a atenção de criminosos, que cada vez mais atuam no furto do produto. A matéria do Fantástico deste último domingo revelou detalhes sobre um tipo de crime que ainda não é muito conhecido e que envolve o furto de pedras biliares de gado, ou Pedra de boi – nome popularmente conhecido.

A reportagem acompanhou de perto as investigações que se iniciaram no interior de São Paulo. Em certos casos, o valor dessas pedras pode atingir até 1.000 reais por grama, preço três vezes superior ao do ouro. As pedras, que se formam nas vesículas de bovinos, especialmente nos mais velhos, são consideradas mais preciosas que os cortes mais refinados de carne. O Brasil está entre os maiores fornecedores dessas pedras no mercado internacional.

Crime

No Brasil, há um mercado formal para a venda de cálculos biliares, com empresas estabelecidas que normalmente exportam esse material. Porém, nem todas as transações são legais. Em setembro de 2023, começaram a ocorrer vários assaltos, todos no interior de São Paulo.

Durante um desses assaltos, criminosos roubaram cerca de R$ 2 milhões em pedras de vesícula de bois. Três meses mais tarde, ocorreu outro roubo significativo em Barretos, cidade conhecida como um centro importante para esse tipo de comércio.

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