Aprovada a convocação de José Rainha e Pedro Stédile para CPI das invasões de terras
O pedido para convocação do ministro Rui Costa (Casa Civil) foi retirado de pauta.
A Comissão, presidida pelo deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS) e tem como relator do deputado Ricardo Salles (PL-SP), planejou, nesta terça-feira (20), a convocação do líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra ( MST) ), João Pedro Stédile, e de José Rainha, líder da Frente Nacional de Lutas Campo e Cidades (FNL).
A intenção é que eles prestem depoimento na condição de testemunhas aos parlamentares. As datas das sessões ainda serão definidas. A decisão foi negociada pelo colegiado da Comissão mediante um acordo com o governo para retirar de pauta a convocação do ministro da Casa Civil, Rui Costa.
A convocação de José Rainha foi alvo de quatro requerimentos de autoria dos parlamentares Evair Vieira de Melo (PP-ES), Rodolfo Nogueira (PL-MS), Alfredo Gaspar (UNIÃO-AL) e o 1º vice-presidente da CPI, Kim Kataguiri ( UNIÃO-SP).
Segundo o deputado Kim Kataguiri, a convocação tem o objetivo de “esclarecer” a atuação de ambos os líderes. “É fundamental que a CPI escute o José Rainha para que ele esclareça a atuação dele em São Paulo, onde há denúncias de extorsão, que ele ou membros do movimento exigem fronteiras ilimitadas, ameaçando a colheita de fazendas”, defendeu o parlamentar.
Evair de Melo (PP), deputado pelo Espírito Santo, explica que as convocações de Rainha e Stédile “se justificam para que expliquem, também, os históricos deles em movimentos de invasão de terras no país”.
Além da convocação das lideranças dos movimentos, o colegiado analisou mais de 40 itens que estavam em pauta para cumprir. Entre eles, o requerimento apresentado pelo deputado Lucas Redecker (PSDB-RS), em que é solicitado o envio de documentos e informações referentes à instituição financeira Left Bank Serviços Financeiros e Crédito Ltda.
Segundo o deputado, é um banco constituído para “financiar à esquerda no Brasil”, inclusive em suas políticas internas e financiamento de movimentos sociais como o MST. Redecker entende que “se a CPI é para investigar o MST, é preciso investigar a Margem Esquerda também”.
Lucas Redecker disse ainda que o apoio da Frente Parlamentar da Agropecuária à CPI “é importante para esclarecer os fatos e construir um relatório que aponte quem tem manipulado os movimentos”.
A próxima reunião da CPI está agendada para amanhã (21), às 14h, para análise de mais 11 requerimentos apresentados pelos membros da CPI.
Da: Redação/foto: Agência FPA
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