Com menor oferta de boiadas, as cotações do boi gordo seguem firmes, com tendência de alta nas principais praças pecuárias brasileiras.

No interior de São Paulo, segundo apuração da Scot Consultoria, os preços dos machos terminados e destinados ao mercado doméstico subiram novamente nesta terça-feira (28/6), acumulando valorização de R$ 4/@ apenas nesses dois primeiros dias da semana.

Dessa maneira, o boi gordo paulista é negociado atualmente por R$ 314/@, no prazo, valor bruto, informa a Scot.

Nesta terça-feira, o preço da vaca gorda também subiu no mercado paulista, para R$ 284/@, enquanto a cotação da novilha gorda ficou estável, em R$302/@ (preços brutos e a prazo).

Bovinos destinados ao mercado da China (abatidos mais jovens, com até quatro dentes) estão sendo negociados por R$ 320/@ em São Paulo, acrescenta a Scot.

Em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, os frigoríficos locais ofertaram R$ 3/@ a mais para o boi, vaca e novilha gordos, de acordo com informações da Scot.

Com isso, nessa região, o macho gordo passou a valer R$ 298/@, enquanto a vaca e a novilha são negociadas, respectivamente, por R$ 275/@ e R$ 283/@ (preços brutos e a prazo).

Também nesta terça-feira, a IHS Markit detectou aumento no preço do boi gordo nas praças de Goiânia e Rio Verde, em Goiás, com arroba subindo de R$ 300 para R$ 305.

Na praça de Belo Horizonte, MG,  a procura pela boiada gorda também resultou em acréscimo diário na cotação do boi gordo, que saltou de R$ 290/@ para R$ 295/@, segundo os dados da IHS.

Na avaliação dos analistas, apesar da tendência de alta, os negócios envolvendo boiadas gordas seguem em ritmo lento neste início de semana. “Há um posicionamento mais defensivo por parte das indústrias brasileiras, que optam por se ausentar das operações de compra de gado, apesar das escalas de abate não muito confortáveis”, observa a IHS.

A falta de apetite comprador das indústrias deve-se em boa parte ao comportamento da demanda no mercado interno, que continua derrapando por conta do baixo poder aquisitivo da população, afetada sobretudo pelo avanço da inflação.

Por sua vez, as exportações brasileiras de carne bovina seguem aquecidas, impulsionadas principalmente pela desvalorização do real frente ao dólar, o que deixa o produto nacional ainda mais competitivo no mercado internacional.

Segundo apuração da Agrifatto, no atacado paulista, as vendas de carne bovina foram consideradas fracas no último fim de semana.

Os negociantes encontram dificuldade para escoar a carne neste final de mês, devido ao esgotamento do dinheiro dos salários recebidos no início de junho.

Porém, até o momento, os preços dos cortes bovinos seguem firmes em São Paulo, justamente pela maior restrição na oferta de animais gordos neste período de entressafra de capim.

O preço da carcaça casada do boi castrado se mantém firme neste início da semana, na média de R$ 20/kg, relata a Agrifatto.

Segundo apurou a IHS Markit, a rede de distribuição e o varejo seguem em ritmo fraco de procura por reposição de cortes bovinos, já que ainda buscam escoar os volumes excedentes nas câmaras frias dos entrepostos.

“O consumo segue acuado, apesar dos preços das proteínas concorrentes (frango e suínos) também registrarem avanço nos preços, reduzindo sua competitividade em relação à carne bovina”, informa a IHS.

Porém, diz a consultoria, o mercado da carne bovina trabalha com a expectativa de recuperação na demanda interna ao longo da próxima semana, quando está previsto a chegada da massa salarial da maior parte da população brasileira.

Cotações máximas de machos e fêmeas desta terça-feira, 28 de junho

(Fonte: IHS Markit)

 

SP-Noroeste:

 

boi a R$ 320/@ (prazo)

vaca a R$ 276/@ (prazo)

 

MS-Dourados:

 

boi a R$ 300/@ (à vista)

vaca a R$ 285/@ (à vista)

 

MS-C.Grande:

 

boi a R$ 300/@ (prazo)

vaca a R$ 280/@ (prazo)

 

MS-Três Lagoas:

 

boi a R$ 300/@ (prazo)

vaca a R$ 280/@ (prazo)

 

MT-Cáceres:

 

boi a R$ 291/@ (prazo)

vaca a R$ 276/@ (prazo)

 

MT-Tangará:

 

boi a R$ 290/@ (prazo)

vaca a R$ 275/@ (prazo)

 

MT-B. Garças:

 

boi a R$ 287/@ (prazo)

vaca a R$ 271/@ (prazo)

 

MT-Cuiabá:

 

boi a R$ 285/@ (à vista)

vaca a R$ 275/@ (à vista)

 

MT-Colíder:

 

boi a R$ 285/@ (à vista)

vaca a R$ 270/@ (à vista)

 

GO-Goiânia:

 

boi a R$ 305/@ (prazo)

vaca R$ 285/@ (prazo)

 

GO-Sul:

 

boi a R$ 305/@ (prazo)

vaca a R$ 280/@ (prazo)

 

PR-Maringá:

 

boi a R$ 310/@ (à vista)

vaca a R$ 280/@ (à vista)

 

MG-Triângulo:

 

boi a R$ 310/@ (prazo)

vaca a R$ 265/@ (prazo)

 

MG-B.H.:

 

boi a R$ 295/@ (prazo)

vaca a R$ 280/@ (prazo)

 

BA-F. Santana:

 

boi a R$ 285/@ (à vista)

vaca a R$ 275/@ (à vista)

 

RS-Porto Alegre:

 

boi a R$ 330/@ (à vista)

vaca a R$ 300/@ (à vista)

 

RS-Fronteira:

 

boi a R$ 330/@ (à vista)

vaca a R$ 300/@ (à vista)

 

PA-Marabá:

 

boi a R$ 292/@ (prazo)

vaca a R$ 282/@ (prazo)

 

PA-Redenção:

 

boi a R$ 292/@ (prazo)

vaca a R$ 282/@ (prazo)

 

PA-Paragominas:

 

boi a R$ 292/@ (prazo)

vaca a R$ 280/@ (prazo)

 

TO-Araguaína:

 

boi a R$ 290/@ (prazo)

vaca a R$ 280/@ (prazo)

 

TO-Gurupi:

 

boi a R$ 280/@ (à vista)

vaca a R$ 265/@ (à vista)

 

RO-Cacoal:

 

boi a R$ 260/@ (à vista)

 

vaca a R$ 250/@ (à vista)

 

RJ-Campos:

 

boi a R$ 288/@ (prazo)

vaca a R$ 272@ (prazo)

 

MA-Açailândia:

 

boi a R$ 285/@ (à vista)

vaca a R$ 270/@ (à vista)

Redação/foto: Agron

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