No mercado brasileiro de milho, alguns fatores autistas são importantes para a avaliação, segundo informações divulgadas pela TF Agroeconômica. Um deles, por exemplo, são as boas vendas externas dos EUA, que vieram mais próximas do teto das estimativas do mercado.

 “O USDA informou que exportadores venderam 1,242 milhão de toneladas de milho da safra 2023/24 na semana encerrada em 21 de dezembro. O volume representa alta de 23% ante a semana anterior, mas recuo de 12% em relação à média das quatro semanas anteriores. Para a safra 2024/25, o saldo de vendas foi de 11,2 mil toneladas. Analistas esperavam vendas totais entre 600 mil e 1,4 milhão de toneladas”, comenta.

Outro fator são os problemas potenciais na segunda safra brasileira. “Com o atraso na safra de soja no Brasil, o plantio da segunda safra de milho no Centro-Oeste e no Norte do país poderá também sofrer atrasos, comprometendo a produtividade e o potencial produtivo. Embora isto ainda seja um fator distante, já está influenciando os preços e mantendo as cotações de Chicago próximas da linha de resistência e longo da linha de suporte. Toda notícia climática negativa no Brasil faz as cotações subirem, anúncios de chuva, faz estas mesmas cotações caírem”, completa.

No entanto, a ampla oferta dos EUA e pela concorrência do Brasil, que continua exportando grandes volumes é um fator de baixa. Segundo a estimativa mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), o País deverá embarcar entre 6,8 milhões e 7,12 milhões de toneladas de milho em dezembro, que será volume parecido com o de dezembro de 2022”, indica.

Boas perspectivas para a safra argentina também pressionam as cotações. “A Bolsa de Cereais Buenos Aires disse na quinta que o plantio de milho na Argentina avançou 11,3 pontos porcentuais na última semana, para 69,9% da área total prevista, de 7,1 milhões de hectares. A semeadura está 6,9 pontos porcentuais adiantada em relação a igual período do ano passado. A parcela da safra milho em condição entre normal e excelente era de 99%, disse a bolsa”, informa.

“As cotações do milho subiram 2,06% no mês em Chicago, mas recuaram 2,81% na semana e 0,84% nesta sexta-feira, indicando tendência de baixa a curto prazo. Mas, no mercado físico brasileiro subiram 10,31% no mês, 2,44% na semana e 1,75% no dia, indicando que, no Brasil, a tendência é de alta a curto prazo. Para os agricultores do RS, SC e PR saberem se vale a pena guardar o milho da primeira safra ou a que preço devem vender o milho colhido a partir da colheita”, conclui.

 Redação/foto: Compre Rural

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