O mercado físico do boi gordo abriu a semana com estabilidade, mas ainda mantendo o viés de alta nos preços, segundo relatam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário.

“Algumas indústrias frigorificas estão fora das compras (de boiadas gordas), ainda analisando os resultados das vendas de carne do final de semana”, afirma a Scot.

Com isso, o boi gordo “comum” paulista segue apregoado em R$ 227/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 202/@ e R$ 215/@, respectivamente (preços brutos, no prazo).

A arroba do “boi-China” vale R$ 230 na praça de São Paulo, com ágio de R$ 3/@ sobre o animal gordo “comum”, acrescenta a Scot.

Na última semana, segundo levantamento da Agrifatto, a maioria das praças pecuárias indicaram valorizações expressivas.

A região que mais se destacou, relatam os analistas da consultoria, foi o Pará, que encerrou a última semana com a média de R$ 206,55/@ para o boi terminado, uma alta de 2,13% no comparativo semanal.

Na visão da Agrifatto, o alongamento das escalas de abate e a expectativa de baixo consumo interno da carne bovina neste período final do mês (devido ao menor poder aquisitivo da população) podem trazer uma maior pressão para o mercado físico do boi gordo.

“O nível dessa pressão que determinará qual será o tamanho da oferta que os pecuaristas irão entregar aos frigoríficos”, dizem os analistas da Agrifatto.

Preços futuros

No entanto, diz a Agrifatto, a movimentação do boi gordo no mercado futuro (B3) não tem acompanhado o mercado físico.

Enquanto o preço do indicador Cepea (praça paulista, preço à vista) teve acréscimo de 2,5% no comparativo semanal (fechando a última semana em R$ 232,30/@), o contrato do boi gordo com vencimento em outubro/24 registrou um recuo semanal de 1,3% na última sexta-feira (19/7/24), para R$ 241,25/@ – o menor patamar desde 7/6/24.

Segundo os analistas da Agrifatto, os operadores de boi gordo não querem “dar mais ágio para o boi gordo e vão reduzindo as suas apostas de valorização para o segundo semestre”.

Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto:

São Paulo – O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China”, R$233,00. Média de R$229,00. Vaca a R$200,00. Novilha a R$212,00. Escalas de abates de dez dias;

Minas Gerais — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de dez dias;

Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$225,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$225,00. Vaca a R$200,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abate de oito dias;

Mato Grosso — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de dez dias;

Tocantins — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de dez dias;

Pará — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de dez dias;

Goiás — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de oito dias;

Rondônia — O boi vale R$185,00 a arroba. Vaca a R$170,00. Novilha a R$175,00. Escalas de abate de treze dias;

Maranhão — O boi vale R$200,00 por arroba. Vaca a R$175,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de onze dias;

Paraná — O boi vale R$228,00 por arroba. Vaca a R$205,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abate de oito dias.

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