Diante de recentes habilitações concedidas pela China, o Brasil tem agora 65 abatedouros de bovinos aptos a exportar carne bovina ao país asiático. Entretanto, o quadro tende a se tornar ainda mais complicado ao longo do segundo trimestre no mercado do boi gordo.

Nesta semana, o mercado físico do boi gordo registrou preços enfraquecidos, de acordo com análises de consultorias especializadas. Após um período de euforia com novas habilitações, o mercado voltou à trajetória prevista, com pressão de oferta em diversos estados, mantendo as indústrias com escalas confortáveis.

O ministro da Agricultura e Pecuária Carlos Fávaro (PSD), junto com o presidente da República Lula (PT) anunciou que mais seis plantas frigoríficas de Mato Grosso foram habilitadas para a exportação de carnes a China - veja lista abaixo. Além da expansão do mercado mato-grossense, mais 32 plantas espalhadas pelo país foram contempladas.

As empresas são todas de carne bovina e estão localizadas em Colíder, Várzea Grande, Diamantino, Confresa, Alta Floresta e Pontes e Lacerda. Segundo Fávaro, a parceria firmada fortalece o mercado brasileiro e o setor agropecuário.

De acordo com o Mapa, parte dos estabelecimentos foram auditados remotamente em janeiro deste ano, enquanto outros receberam avaliação presencial em dezembro do ano passado. As equipes técnicas chinesas foram recebidas e acompanhadas por representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Diante de recentes habilitações concedidas pela China, o Brasil tem agora 65 abatedouros de bovinos aptos a exportar carne bovina ao país asiático. Segundo pesquisadores do Cepea, isso evidencia que a China quer mais carne brasileira e, para atender, as empresas vão precisar de mais animais. Motivados pelo potencial aumento da demanda e por preços diferenciados, pecuaristas também tendem a ampliar seus rebanhos direcionados a este mercado.

“O quadro tende a se tornar ainda mais complicado ao longo do segundo trimestre, considerando o habitual desgaste das pastagens e consequente perda da capacidade de retenção por parte do pecuarista, levando ao auge da safra do boi gordo”, diz o analista da Consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.

Com a segunda quinzena de março/24 se aproximando, as vendas de carne bovina no varejo e as distribuições do atacado já começam a demonstrar uma desaceleração, informa a Agrifatto. “Embora a semana tenha iniciado sem grandes movimentações no mercado físico do boi gordo, as indústrias continuaram a exercer forte pressão baixista sobre os valores da arroba, apesar da resistência dos pecuaristas em liberar o gado pelo preço ofertado”, acrescenta a consultoria.

Pela apuração da Scot Consultoria, nas praças de São Paulo, a boa oferta de boiadas e o baixo escoamento da carne bovina seguem pressionando os preços da arroba, mas, observam os analistas, os valores dos animais terminados estão estáveis.

As escalas estão em média para 10 dias. A arroba do boi gordo está sendo negociada em R$230,00, a da vaca gorda em R$205,00 e a da novilha em R$220,00, preços brutos e a prazo.

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