Produção de milho e soja pode ser comprometida devido ao intenso calor
No último boletim semanal do USDA, a Europa apresentou um
grande contraste nas condições do tempo, impactando diretamente suas regiões
agrícolas. Enquanto o sul do continente registrou algumas das temperaturas mais
altas da estação, o norte foi atingido por chuvas moderadas a intensas.
O retorno do calor intenso ao sul da Europa teve destaque em regiões como Espanha, com temperaturas variando entre 38-44°C. No sul da França, os registros foram entre 35-43°C. E ao norte da Itália, as marcas ficaram entre 36-40°C.
O forte calor acelerou a maturação das culturas de verão, no entanto, reduziram as perspectivas de rendimento para o milho e a soja em desenvolvimento tardio. Em paralelo, o sudeste europeu também observou avanços nas culturas de verão, com temperaturas atingindo médias e altas de 30°C.
Chuvas e tempestades foram registradas desde o norte e centro da França até a Polônia ocidental e a Eslováquia. Estas precipitações, que variaram de 2 a 45 mm, ajudaram a minimizar os impactos do calor, que estava entre 2-7°C acima do normal para a semana. Além disso, contribuíram para manter boas reservas de umidade, essenciais para o estabelecimento de culturas de inverno.
No entanto, regiões como os Bálcãs ocidentais e nordeste da Polônia apresentaram clima mais seco, proporcionando condições ideais para a semeadura de colza de inverno. Em contrapartida, chuvas mais intensas, que variaram de 25 a 200 mm, marcaram presença na Dinamarca, Suécia e Noruega. Essas chuvas resultaram em solos saturados, dificultando os trabalhos em campo e comprometendo a qualidade de grãos de primavera e culturas de verão em fase de enchimento ou maturação.
Na Inglaterra, a variação de chuvas foi de 1 mm no sul até quase 60 mm no norte, contudo, o nível de umidade do solo se manteve favorável para a semeadura de culturas de inverno em todo o país.
Material elaborado pelo meteorologista, Gabriel Rodrigues com revisão de Seane Lennon.
Redação/foto: Giro do Boi
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