Começa a se confirmar a produção recorde da safra brasileira, a medida em que o Brasil começa a colher sua segunda safra de milho da temporada 22/23. “Para a CONAB, vamos colher cerca de 96,91 milhões de toneladas (MT), enquanto para algumas consultorias particulares pode chegar a 102,95 milhões de toneladas”, apontam a Consultoria TF Agroeconômica.

Os números desse ano representam aumento de 11,02 MT, ou 12,83% sob o ponto de vista oficial, enquanto sob o ponto de vista particular superam em 17,06 MT, ou 19,86%, os 85,89 MT colhidas oficialmente na temporada passada, lembram os especialistas. “De qualquer maneira, é um aumento muito significativo, que permite ao Brasil (55 MT) ultrapassar os EUA (53,5 MT) na exportação de grãos ao mundo, pela primeira vez na história”, ressaltam.

O mais importante, porém, é o crescimento das disponibilidades, tanto internas (+300 mil tons) quanto externas (+1,10 milhão de toneladas), que deverão pressionar as cotações do milho nos próximos meses, alerta a equipe liderada pelo analista sênior da TF, Luiz Carlos Pacheco.

 

COMO ISSO MEXE NO PREÇO?

De acordo com a Consultoria Agroeconômica, o Brasil precisa exportar 6,42 MT/mês no segundo semestre para cumprir a meta da Conab: “Lembramos que o objetivo da Conab é de 48 MT, embora o USDA estime uma exportação brasileira de milho de 55 MT, maior, inclusive que a dos EUA. Segundo a apuração da ANEC (Associação Nacional dos Exportadores de Cereal), o Brasil exportou um total de 15,884 milhões e tonelada no primeiro semestre de 2023 e precisará exportar uma média de 6,42 MT para atingir a meta de 48 MT da Conab”.

“Para atingir a meta estimada pelo USDA o Brasil precisará embarcar 6,52 MT mensalmente. Importante frisar que, se a estimativa da Conab estiver correta, haverá uma sobra de 7,0 milhões de toneladas no Brasil, que deverão manter os preços muito pressionados”, concluem.

Redação/foto: Terra Magna

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