Em 15 de março, o deputado federal Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS) protocolou o pedido de abertura da CPI para investigar o MST.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou na noite desta segunda-feira (24) que uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) será criada ainda nesta semana para investigar as invasões de terra pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

O aumento de invasões em propriedades agropecuárias desde fevereiro deste ano foi discutido em reunião com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que já contabiliza mais de 40 casos.

Opositores do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), defendem a prisão do líder do MST, João Pedro Stedile, após ele divulgar que o grupo tem um plano nacional de ocupações de terra, marchas e vigílias para o mês de abril.

Em 15 de março, o deputado federal Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS) protocolou na Câmara dos Deputados um pedido de abertura da CPI para investigar quem financia as invasões.

O requerimento obteve 172 nomes, ultrapassando o número mínimo de 171 assinaturas exigidas.

A CPI do MST, quando instalada, terá 27 titulares e 27 suplentes e prazo de até 120 dias para realizar o inquérito.

Além do MST, Lira disse que vai instalar a CPI das Americanas e das Apostas também devem ser estabelecidas no mesmo período.

“Elas [as CPIs e a CPMI] funcionarão no terreno e no ambiente próprio delas. O plenário tem que voltar a funcionar e vai voltar a funcionar com tranquilidade a partir dessa semana”, disse o presidente da Câmara.

MST

No último fim de semana, o MST invadiu três fazendas em diferentes cidades da Bahia: Jaguaquara, Juazeiro e Guaratinga.

De acordo com o MST, as ocupações fazem parte da chamada ‘Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária’, também conhecido como ‘Abril Vermelho’.

As novas ações aconteceram no mesmo fim de semana em que MST anunciou que deixou uma área da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Petrolina (PE). E uma área da empresa de celulose Suzano, no Espírito Santo.

Os atos do MST foram criticados tanto pela oposição como pelo governo, inclusive por ministros, como o do Desenvolvimento Agrário (MDA), Paulo Teixeira, responsável pela condução da reforma agrária.

Da redação/foto: Jovem Pan

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