Zootecnista diz que com recuperação das pastagens degradadas aumenta a produtividade por hectare na pecuária.
De acordo com o zootecnista Rodrigo Dias Lopes, especialista
em Agronegócio e Pecuária Sustentável da National Wildlife Federation (NWF) no
Brasil, a recuperação das pastagens degradadas aumenta a produtividade por hectare
na pecuária. Os sinais de degradação dos pastos brasileiros caíram de 70% em
2000 para 53% em 2020 segundo o MapBiomas.
Ele afirmou ainda que a prática traz uma qualidade maior em tipificação de carcaça e, consequentemente, o frigorífico terá animais de melhor qualidade em termos de rendimento de carcaça, e o produto final terá qualidade de carne superior. “Quando se produz em áreas já existentes, diminui-se a pressão em áreas de florestas nativas por conversão de novas áreas de pastagens”, acrescenta.
Contudo, é importante lembrar que a recuperação de pastagens tem um custo elevado. Por isso, os produtores rurais, ao realizarem os cálculos para realização desse objetivo, desistem de fazê-lo. “Neste caso, uma boa opção é utilizar o consorciamento da agricultura-pecuária, ou seja, fazer cultivo em áreas de pastagens por um período, com o intuito de corrigir e fertilizar o solo, onde essa recuperação terá um melhor custo benefício”, afirma Lopes.
Em sua avaliação, a aplicação de técnicas de integração, como o consorciamento floresta-pecuária ou os sistemas de ILPF - Integração lavoura-pecuária-floresta, também oferece benefícios em termos de bem-estar animal, pois há áreas sombreadas que influenciam em maior ganho de peso e melhor aproveitamento produtivo por área. Além disso, as pastagens de melhor qualidade nutrem melhor os animais, proporcionando maior bem-estar para o animal e retorno financeiro para o produtor.
Da Redação/foto: Portal Embrapa
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